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Paulo Jabur abriu acervo inédito e revelador feito na penitenciária, em 79

A exposição "32 dias: imagens da prisão" revela a greve de fome no Presídio Frei Caneca, durante o período de redemocratização política no Brasil. Mas como foi possível filmar dentro do presídio e como foi permitido a um preso político ser o diretor de material tão inusitado? É o que o público vai descobrir no Museu Solar Grandjean de Montigny, na PUC-Rio, na mostra que começou no dia 17 de setembro. Graças ao Edital de Apoio do IEAHu, a professora Patrícia Machado e seu grupo de pesquisa "Contra Arquivo" colocou as mãos na massa e se aprofundou no acervo inédito do ex-preso político Paulo Jabur.

As imagens retratam o episódio da greve de fome pela luta da anistia do qual Paulo Jabur participou no presídio Frei Caneca, em 1979. O material foi reunido pelo grupo de pesquisa "Contra Arquivo", do Departamento de Comunicação da PUC-Rio. "Todas as imagens são significativas: as visitas de amigos e familiares, o apoio de políticos e artistas, a própria greve de fome, tudo isso foi registrado", conta a professora. Para ela, "a democracia está sempre em disputa, ainda no nosso presente".

A exposição foi organizada em parceria com o grupo de pesquisa independente “Lacuna: práticas interdisciplinares de arquivo” e fica aberta até 18 de outubro.